Não há dúvida que é o maior virtuoso da literatura portuguesa contemporânea.
Cada livro é sempre um passo em frente em direcção ao desconhecido. Uma fuga do lugar de conforto. Mas o que encontramos deixa-nos de olhos molhados. As vozes cercam-nos. E quando o chão nos falta há sempre uma frase que nos serve de guia. Que nos acompanha por capítulos inteiros, depois deixa-nos à nossa sorte, abraçando-nos quando a reencontramos. O sorriso no rodapé da página. Li quase tudo de empreitada. Desde o livro tesão ( "Memória de Elefante), ao timbre da voz que se foi tornando familiar ( "Conhecimento do Inferno") .O conselho "Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura", mas a desobediência e curiosidade do Leitor também fazem parte do jogo. Cada passo (livro) consciente da sua importância na caminhada para o deslumbramento que chegou com "Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar?".
E agora António?
"Que Fazer Quando Tudo Arde"?
Ler meu caro, ler sempre.
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