"Franny conteve ligeiramente a respiração, mas continuou com o auscultador encostado ao ouvido. O sinal de marcar, sucedeu-se à interrupçao da ligação. Parecia achar esse som extraordinariamente belo, como se fosse o melhor substituto possível para o silêncio primordial. Mas também deu a ideia de saber quando devia deixar de o ouvir, como se toda a pequena ou grande sabedoria do mundo fosse de repente dela. Depois de pousar o auscultador, pareceu também saber o que é que tinha agora de fazer. Arrumou as coisas de fumar, afastou a colcha de algodão da cama onde estivera sentada, tirou os chinelos e deitou-se. Durante uns minutos, antes de cair num sono profundo e plácido, ficou imóvel, a sorrir para o tecto."
-"Franny e Zooey" - J.D. Salinger
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