"Em a) interroguemo-nos se tal MALDIÇÃO, assim levianamente (quanto a mim) encarada pelos contemporâneos ou os pósteros, se poderá atribuir ao tiro na mioleira (Camilo, Antero, Manuel Laranjeira) ou ao veneno como viático (Má
rio de Sá Carneiro) ou à fogueira como meio de transporte cómodo, expeditivo para o Além (António José da Silva, o Judeu); ao fim prematuro pela doença ("quando tanto havia ainda a esperar pelo seu talento" lamentam as cronologias) e aí estão os tuberculozinhos (António Nobre, Cesário Verde, José Duro, António Maria Lisboa).
Na segunda alínea b) a noão é mais complexa, até porque o MALDITO (temos visto) pode arrepender-se a tempo, reviralhar a casaca, converter-se , deixar-se recuperar para contento geral. E como Deus não dorme, acaba na Academia."
-"Memorando Mirabolando"
- Luíz Pacheco
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